Revista Bahia Análise e Dados recebe artigos sobre Economia Criativa para apreciação
A partir de 6 de julho de 2012, a revista Bahia Análise & Dados aceitará, para fins de apreciação, artigos para um volume cujo tema é Economia Criativa: Conceitos e Experiências.
A revista Bahia Análise & Dados
A revista Bahia Análise & Dados é um periódico publicado trimestralmente pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan). Através de artigos e entrevistas, elaborados por colaboradores externos e especialistas da SEI, a revista proporciona uma reflexão sobre questões de interesse da sociedade, sendo muita demandada por instituições de ensino e pesquisa e por órgãos de planejamento. As edições mais recentes estão disponibilizadas no sítio da SEI (www.sei.ba.gov.br) para download gratuito.
O número sobre economia criativa
O reconhecimento da correlação entre cultura e desenvolvimento deriva da percepção de que as atividades criativas não se limitam ao valor do patrimônio material ou nos acervos de museus tradicionais. A atividade cultural/criativa se associa, rapidamente, ao uso de novos materiais, às novas tecnologias de informação e telecomunicação e às mutações organizacionais na produção e distribuição de bens.
Esse novo contexto abre caminho para o desenvolvimento de uma economia em que as atividades econômicas estão intimamente relacionadas com a cultura resultando em um fenômeno de culturalização da economia. Esta culturalização da mercadoria insere a discussão sobre a importância das "indústrias criativas", que ultrapassam as artes e indústrias culturais tradicionais para abarcar novas e antigas mídias, a indústria do entretenimento e atividades tão distintas quanto marketing e propaganda, produção de software, design e gastronomia.
Assim, a produção criativa deixa de ser vista simplesmente como elemento de gasto ou custo para ser entendida como potencial embrião de um novo padrão de desenvolvimento sustentável que se coloque como alternativa efetiva ao modelo de desenvolvimento ainda hoje predominante no mundo. De fato, a nova economia criativa é capaz de adotar modelos de "negócios" e formas de organização que parecem se situar fora dos limites tanto do mercado, quanto do Estado. Essa nova economia em redes, solidária, baseada na produção do conhecimento a partir do conhecimento teria o potencial de se tornar hegemônica, abrindo espaço para um novo modo de produção assentado na elaboração e distribuição cooperativa.
No Brasil, o conceito de economia criativa utilizado engloba a criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam o conhecimento, a criatividade e o ativo intelectual como principais recursos produtivos. A economia criativa é, portanto, "a economia do intangível, do simbólico, a qual se alimenta dos talentos criativos, que se organizam individual ou coletivamente para produzir bens e serviços criativos sendo que a essência e o valor do bem e do serviço criativo se encontram na capacidade humana de inventar, de imaginar, de criar, seja de forma individual ou coletiva". Essa importância é reconhecida pelo Ministério da Cultura (MEC) através da criação da Secretaria da Economia Criativa (SEC) e com a elaboração de plano de ações para os anos 2011-2014 que evidenciam o desejo das autoridades de dar maior atenção à implantação de políticas públicas que possam alavancar o setor no Brasil.
A Bahia tem se destacado no que se refere à atividade cultural e criativa brasileira tendo uma significativa produção nas áreas de música e publicidade. Nestes segmentos, os seus artistas, produtores profissionais e suas escolas de formação têm se sobressaído. Como promissoras e potenciais atividades criativas no estado, podem ser apontados os segmentos de design de moda e dos jogos eletrônicos. A cultura digital é outro vetor importante a se desenvolver e consolidar, pois parte da ideia de que a tecnologia digital é capaz de mudar comportamentos e criar novas formas de fazer arte.
Considerando esses aspectos, o objetivo da Bahia Análise & Dados Economia Criativa: Conceitos e Experiências é entender e apresentar o significado desta múltipla atividade nos cenários nacional e da Bahia e, se possível, apontar tendências de curto e médio prazo para este setor, que vem ampliando a sua expressão nacional e internacional. Assim, pretende-se privilegiar as abordagens que apontem para sustentabilidade, desenvolvimento tecnológico, competitividade, inovação, estratégias empresariais e aplicação de políticas públicas.
Serão recebidos artigos em dois eixos temáticos: Políticas públicas para a economia criativa e Economia criativa – experiências e propostas. Os artigos devem respeitar a temática proposta e estarem de acordo com as normas do edital. Após o recebimento, os trabalhos serão submetidos ao exame do conselho editorial da revista. Sendo aceitos, seus autores receberão, gratuitamente, dois exemplares da edição que os veicula.
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